quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dia 4 - Santa Fé à Mendoza - 910 KM

Amigos de nossa Moto Jornada!!

Dormimos uma merecida noite no hotel em Santa Fé. Encontramos no café da manhã com um casal de São Paulo que há muitos anos viaja pela Argentina. Eles nos explicaram que a província (Estado) de Córdoba é muito rico, o que permite que a polícia tenha radares e veículos melhores, e que deveríamos tomar cuidado com a velocidade naquela província que cruzaríamos em seguida.

O Foxx e Wolf acordaram primeiro, seguidos por Wolverine (Wesley) e Catatau (Mário). O Botão (Pedro) e o Zé Colmeia (João) ficaram por último juntos com o Scorpion que tranquilamente terminou seu café da manhã. Mas acho que por receio de pagarem a aposta estavam todos a postos para esta etapa de 910 Km.

Saímos da cidade através das indicações dos moradores locais, que por sinal são muito gentis em toda a Argentina.

Um pouco mais a frente, o Scorpion informou que estava com fortes dores no braço direito que estendia até as costas, de forma que sua HD foi gentilmente colocada dentro do Ducato (carro de apoio) e ficou por alí até o resto da viagem. O Scorpion então virou co-piloto junto com o Zé Colméia.

Este trecho da viagem foi marcado por muitas retas. Outro fato importante é que as cidades começaram a se distanciar uma das outras, e consequentemente, os postos de combustível também. Então por precaução começamos a abastecer a cada 150 km. O que foi importante, pois em duas vezes quase ficamos sem combustível.

O Wolverine deixou claro a todos que não queria mais rodar a noite, pois é muito perigoso. Concordamos todos, porém ficou como combinado que tentaríamos manter a programação original, pois os hotéis já estavam reservados (e alguns até já pagos), o que nos dava tranquilidade de não termos que procurar por vagas quando chegamos às cidades.

O Catatau (também conhecido como Mutuca) pilotou a Ducati e o Foxx foi alguns quilômetros com sua V Strom. Depois destrocaram as máquinas.

Seguíamos tranquilos pela Ruta 8, quando chegamos à uma barreira policial. A estrada estava fechada, pois havia um alagamento adiante! teríamos que rodar mais 30 Km para pegarmos a Ruta 7 e seguir nosso destino. A Ruta 7 era nosso caminho natural, mas só a alcançaríamos mais a frente. Tivemos então que pegar o desvio. Para nossa surpresa e sorte, a Ruta 7 é MARAVILHOSA, pista dupla, com iluminação e retas intermináveis. Ou seja, o desvio nos ajudou!! :)

O dia transcorreu tranquilo, e faltando 200 Km para chegar à Mendoza, o sol já se punha. Fizemos então uma reunião, onde acertamos que iríamos trafegar o restante a noite para chegarmos à meta, pois no dia seguinte teríamos que cruzar a fronteira com o Chile e não sabíamos se demoraria como foi na de Foz. A partir dalí sairíamos da pista dupla rodando um pedaço grande em pista simples.

Neste momento, como no dia anterior em que rodamos a noite, o carro de apoio foi à frente das motos para servir de escudo, e todos o seguimos. Foram 200 Km tensos, pois grande parte do trajeto foi em pista simples, a noite, com muitos caminhões em ambos os lados.

Felizmente chegamos bem ao hotel e tivemos uma merecida noite de descanço! Alguns de nós nem conseguiram sair para jantar, tão cansado estávamos, os outros foram para a merecida Parilla.

Em breve colocarei as fotos!!

Chegamos em Santiago!!!

(Atenção: Já está atualizada a postagem do dia 3, leia abaixo)

Caros amigos,

Estamos escrevendo diretamente de Santiago do Chile. Chegamos todos bem. Amanhã reiniciaremos as atualizações contando em detalhes os dias que passamos nas estradas.

Para que sua imaginação corra solta até amanhã, deleite-se com a imagem abaixo...

Saudações motociclísticas!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dia 3 - Puerto Iguazu à Santa Fé - Argentina


Amigos,

Os dois primeiros dias de pilotagem foram mais leves. rodamos 706 Km em cada dia. Hoje, na terceira etapa  programamos o maior tempo na estrada.

A razão disso e' simples, queríamos aumentar gradualmente a quilometragem rodada para nos habituarmos com maior facilidade. Basta lembrar que não rodamos apenas um dia, mas rodamos muito por muitos dias.

Um outro detalhe interessante, que deve ser observado por quem pretende fazer uma viagem destas, é que se perde MUITO tempo nas alfândegas, portanto, programe-se para que disponha de tempo para as aduanas.

Ontem dormimos em Puerto Iguazu, que faz divisa com Foz já do lado argentino. Foi uma boa escolha a pernoite ali, pois estávamos na dúvida se conseguiríamos atravessar a fronteira e rodar um pouco mais. A demora nos fez entender que não daria certo.

Outro detalhe importante para quem vai atravessar por ali: Tanto Foz quanto Puerto são cidades turísticas, portanto os hotéis normalmente ficam lotados. Como já tínhamos reservas não tivemos problemas, mas encontramos com brasileiros que não conseguiram lugar para dormir e tiveram que voltar ao Brasil para pernoitar.

Já havíamos ouvido falar da polícia Argentina, que era especialmente corrupta. E que tivéssemos cuidado com eles. Descobrimos então que existem dois tipos de polícia: as municipais e a nacional conhecida por Gendarmeria. Ambas se parecem com a PM brasileira no tipo de uniforme e ostensividade. A Gendarmeria é muito disciplinada e (até onde pudemos perceber) muito correta. O problema está em algumas polícias municipais. Principalmente na RUTA 12, logo após a travessia para a Argentina. Já havíamos lido em outros blogs a referência a estes policiais, e tal qual esta lá aconteceu conosco! Foi assim:

Estávamos trafegando em velocidade compatível com a estrada, entre 100 e 110 Km por hora, e reduzimos quando entramos numa área municipal para algo perto de 70 Km-h. Ao longe avistamos alguns cones na pista e quando chegamos perto, um guarda nos parou. Ele sorrindo contou as motocicletas, 1, 2, 3, 4, 5 e 6. E nos falou para estacionarmos onde havíam dois casais de motociclistas também brasileiros já se preparando para sair. Quando cruzamos com eles, um dos brasileiros, sutilmente nos informou que o que eles queriam era $$$...

Os dois policiais devidamente armados de pistolas automáticas nos convidaram ao escritório deles e fizeram todos entrar. Daí um deles retira o código de trânsito argentino e informa que em zona urbana deve-se trafegar no máximo à 60 Km-h e que em cruzamento de rutas deve-se diminuir para 40 km-h. Informou ainda que existe um radar fotográfico na entrada da cidade e que este radar tirou fotos de todos nós.

Depois mostrou que a multa mínima para esta infração é de 500 Pesos, e que o infrator deve comparecer perante um juiz municipal que julgará a infração e que poderá dar até 2000 Pesos de multa! E ele lembrou que hoje é domingo e que deveríamos esperar até segunda para ver esta majestosa autoridade judiciária...
(Já sabíamos naturalmente que era sacanagem do policial que queria era grana mesmo, daí entramos na dele para nos livrarmos logo)...

Então o Wolf perguntou como os brasileiros que haviam sido parados antes de nós conseguiram sair logo... Daí ele deu uma volta enorme para dizer finalmente que poderíamos pagar ali mesmo a multa mínima que seria de 100 pesos por moto (algo como R$ 50,00). Fizemos então uma reunião a parte onde decidimos pagar a "multa" Sabíamos que se ele realmente lavrasse a infração não ocorreria nada, porque nada legalmente nos obriga a esperar por este "juiz" e ele não poderia prender nossos veículos. Mas decidimos pela saída mais rápida, porque ele iria demorar horrores no preenchimento destas infrações, e até aquele momento já havíamos perdido mais de 1 hora neste atraso!

Pagamos então a multa e o policial de nome Gustavo nos orientou a dizer na próxima barreira, se fôssemos parados que já tínhamos pago a multa mínima à ele. O FDP ainda tirou um caderno onde anotou os dados de um de nós e explicou que aquele caderno era apresentado ao juiz, para justificar o pagamento das multas mínimas. Ele deve achar que os brasileiros são burros!!

Mas tudo bem, multa paga, retornamos a estrada. Agora uma dica que ele deu foi válida e é importante aos futuros aventureiros. Em todas as cidades argentinas que são próximas às estradas existe uma placa dizendo "Inicio de Zona Urbanizada" e placas informando para reduzir a velocidade para 60 ou 40 Km. Decidimos então respeitar estas placas, o que nos economizou algumas outras propinas, pois ninguém mais nos parou por motivo de velocidade. No fim da cidade existe outra placa com os dizeres "Fim de Zona Urbanizada", ou seja, dá-lhe acelerador!

A Malu - HD do Scorpion começou a dar problema na embreagem. Principalmente nas últimas marchas. Mas até aí tudo bem, continuamos  a jornada.

A Argentina está realmente enfrentando sérias dificuldades financeiras. Vimos in-loco o que os noticiários dizem. Um dos maiores sinais disso são os carros que circulam no país. 80% dos que vimos tem mais de 10 anos. Alguns com 30 ou 40 anos ainda rodando nas estradas!!

Uma dica para quem vai pilotar neste país é observar que os motoristas sinalizam de forma contrária a possibilidade ou não de ultrapassagem. Enquanto no Brasil, ligamos o pisca alerta para a direita para dizermos que pode ultrapassar, na Argentina é o oposto. liga-se o da esquerda. Fique atento à isso.

Outra coisa interessante é o tanto que as motos fazem sucesso por aqui. Eles não tem muitas motos de alta cilindrada, e é incrível o tanto de pessoas que acenam e piscam as luzes quando passamos. Estamos acostumados a entender como um sinal de precaução quando um motorista que nos cruza o caminho acende a luz alta algumas vezes. Por aqui eles fazem para isso para nos saudar. Principalmente os motoristas de caminhões. Eles chegam a tirar a mão para fora para mandar um aceno! Quando paramos, várias pessoas tiram fotos e perguntam coisas sobre as motos. É bem interessante. Em várias barreiras policiais, os oficiais perguntavam coisas da viagem, das motos, autonomia, etc... Elas realmente chama a atenção por aqui.

As nossas paradas para abastecimento, por mais que desejemos que sejam rápidas, tem demorado até 30 minutos. A razão disso é que em muitos postos de combustível, apesar de existirem muitas bombas, há apenas um frentista, ou apenas um que se dispõe a servir "brasilenos"... Isso tem nos atrasado um pouco, pois são 6 motos e 1 carro para abastecer sempre. Temos rodado uma média de 200 km entre uma parada e outra, e não ficamos sem combustível hora nenhuma.

Hoje passamos um pequeno susto. Havia uma banda de rodagem (pedaço grande de pneu) na pista contrária à nossa e um caminhão que vinha em sentido oposto invadiu nossa pista passando muito perto do Pedro. Felizmente ficou tudo só no susto.

Retas, retas e mais retas. Assim pode-se dizer que é grande parte da Argentina. Impressiona o tanto de retas. O que acaba auxiliando na pilotagem e no tempo total de deslocamento.

Assistimos a um entardecer maravilhoso! E aqui no Sul, o sol se põe mais tarde no verão, o que nos permitiu rodar muito tempo de dia. Mas como tínhamos a maior parte da jornada à ser rodada hoje, não conseguimos evitar a noite. Chegamos às 22:35h em Santa Fé.

A cidade é muito bonita por sinal. Vale a visita! Fomos sacar pesos em um caixa eletrônico e vale dizer que nunca vimos tantos sapos juntos em um só lugar :) o caixa estava infestado de bratáquios!

O Scorpion tentou através do GPS de seu celular chegar até onde estava o hotel. Rodamos por mais de 20 minutos sem conseguirmos. Até que deixamos a tecnologia de lado e apelamos para o bom e tradicional taxi! Um motorista nos escoltou até o hotel, onde tivemos uma reunião com o Wolf, (Mestre dos Magos) em que ele deixou claro que quem não estivesse pronto às 8h para sair para a estrada pagaria o abastecimento de todos os outros! O resultado disso conto pra vocês amanhã...


Mas lembre-se:

SE VOCÊ FOI A ARGENTINA E NÃO FOI EXTORQUIDO PELA POLICIA VOCÊ NÃO FOI À ARGENTINA...

Foxx

P.S:
Capitão, o Mestre dos Magos manda dizer que está faltando você por aqui. Esta jornada é muito melhor que Daytona heheheh



















domingo, 27 de dezembro de 2009

Segundo Dia - rumo a Argentina

Dia 2

Olá amigos
Vamos contar agora a segunda parte desta jornada!

Em primeiro lugar queremos agradecer a todos os amigos e familiares que mandaram os recados em nosso primeiro dia de viagem. O apoio de todos vocês é muito importante para nós!! Obrigado!!

Com relação ao dia anterior, respondendo a pergunta do Capitão, saímos de Goiânia e rodamos 706 Km, dormindo em Marília-SP. Esta cidade era exatamente a que estava nos nossos planos, portanto cumprimos a etapa com perfeição.

Hoje acordamos às 6 h da manhã e tomamos café bem cedo no hotel. Saímos e abastecemos as motos de manhã cedo. Percebemos logo depois que isso foi um erro estratégico, pois a parada para abastecimento toma muito tempo, e o melhor é chegar na cidade escolhida e antes de chegarmos ao hotel, deveremos abastecer para sairmos já prontos no dia seguinte. Cada momento é importante, pois não queremos rodar a noite. O abastecimento no dia anterior salva minutos importantes.

Nossa meta do dia era chegar à Argentina. Queríamos atravessar logo a fronteira para no dia seguinte seguirmos mais livres para nosso sem termos que nos preocupar em atravessar a aduana, que não sabíamos quanto tempo iria tomar.

A viagem seguiu tranquila, pois os 6 motociclistas já estavam bem mais habituados a pilotar durante longo tempo, e a viagem rendeu bem. As estradas paulistas e paranaenses estão em boas condições. Passamos por vários pedágios, sendo que em SP os valores para motos eram mais baixos que no Estado vizinho. Algo como R$ 2,70 contra R$ 4,60. Para o aventureiro que irá passar por aqui de moto, fica a dica para separar dinheiro trocado em um bolso de fácil acesso para que não perca tempo nestas paradas obrigatórias. O que fizemos que agilizou muito foi que sempre paramos todas as motos no mesmo box de pedágio e a cada vez um companheiro pagava para todos. Assim apenas um tirava as luvas e contava o dinheiro. É também uma dica para quem vai viajar em grupo!

Durante a viagem não estamos almoçando. Esta decisão é para não pesar o estômago na parte da tarde e eventualmente dar sono. Então fazemos lanches rápidos e jantamos no destino. Isso também economiza tempo e ajuda a avançar KM...

Hoje não choveu em momento algum do percurso o que nos ajudou muito!

Chegamos cedo à Foz do Iguaçu, por volta das 16:45h. Não curtimos a cidade, fomos direto para a fronteira Argentina, que é por sinal bem sinalizada. Fácil de encontrar.

Descobrimos na chegada que a fronteira funciona 24 horas por dia. Essa era uma de nossas preocupações, porque não havíamos conseguido esta informação com certeza antes.

Tiramos esta foto próxima à aduana brasileira





Existem dois pontos de controle. Um do lado de cada país, próximos à ponte que divide-os.

Para nós brasileiros, a passagem pelo controle de nosso país é muito rápida, não é necessário mostrar nenhum documento, você simplesmente passa sem mostrar nada a ninguém. Os oficiais da fronteira apenas checam os documentos dos estrangeiros que deixam o país.

Após esta passagem, chegamos à ponte que liga os países. Neste local tiramos a foto abaixo:




Até este ponto, era o paraíso, tudo estava ótimo!

Foi aí que conhecemos a sucursal do inferno na terra!!! Se chama Aduana Argentina!

Logo após passarmos a ponte, havia uma fila de carros de mais de 2 km. Esta fila é para entrada na alfândega e trâmites de acesso. também leva ao free-shop ao lado da aduana.


A fila é única, e se move MUITO LENTAMENTE.


Agora imagine a cena: Seis motocilistas com roupas de couro, casaco, capacete, luvas,botas etc, literalmente assando no calor infernal. Apesar da hora, o sol estava alto e impiedoso.  O motor das motos ligados deixava ainda pior a espera. Demoramos incríveis 3 horas para chegar ao atendimento da aduana


Para piorar as motos estavam quase sem gasolina!! Pois preferimos abastecer do lado argentino, que tem combustível de melhor qualidade e menor preço.


Depois de tanta espera e de empurrar as motos para a gasolina não acabar, estávamos todos ensopados de suor. O Wesley (também conhecido como Wolverine) parecia que tinha saído da sauna ;)


Ok, cansados chegamos à aduana. depois de mostrarmos nossos documentos, um funcionário da alfândega pediu para ver nossas malas que estavam no carro de apoio. Quando ele viu as peças e pneus, disse que teríamos que voltar ao Brasil e preencher um formulário do lado brasileiro, informando a saída das peças, ferramentas e pneus. Imagine só, pegar maisl algumas horas de fila!! por mera burocracia!


O João, devidamente orientado retornou ao Brasil para preencher a papelada e nós motocilistas fomos direto ao hotel. Quando chegamos, com todas as motos na reserva, fomos informados que NÃO TINHA GASOLINA em toda a cidade de Puerto Iguazu!!


Aí pensamos que ficaríamos alguns dias presos por aqui, vendo as cataratas :)


Felizmente, tarde da noite, um posto foi abastecido. pegamos uma fila grande e enchemos os tanques.


Amanhã rodaremos de novo! Graças a Deus!!


Acompanhem nossa aventura... amanhã tem mais (se conseguirmos um local com Wi-fi para conectar o PC) hehehe


hasta la vista!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Finalmente a partida!!

Depois de muitos meses planejando a viagem de Goiânia à Santiago - Chile, hoje, dia 25 die dezembro saímos nesta jornada.
O dia 25 foi escolhido de propósito. Por ser dia de natal, o movimento de caminhões diminui muito, e nos dá uma segurança maior no início da viagem.
Saímos às 7:42h do posto de gasolina próximo ao Serra Dourada.
Os aventureiros são:

Pedro Albino - pilotando uma Dyna Harley Davidson
Wesley Kennedy - Deluxe HD
Mario Mota - V Strom Suzuki
João Alves - Fiat Ducato
E os motociclistas conhecidos como:
Scorpion Fat Boy - HD
Wolf Deluxe HD
Foxx MultiStrada - Ducati.


Durante os preparativos, decidimos que haveria um carro de apoio para levar as malas e nos ajudar em qualquer pendência. Preparamos uma Van Fiat Ducato Maxi Cargo. Dentro dela colocamos um suporte para amarrar uma moto caso seja necessário. E como todo cuidado é pouco, decidimos levar também uma carreta própria para moto rebocada pela Ducato. Desta forma podemos levar até 2 motos simultaneamente caso haja algum problema com as  máquinas

No momento da partida não havia chuva, o que nos agradou muito e permitiu inclusive que registrássemos o momento com a foto abaixo




A chuva  começou após 20 minutos de nossa partida e durou por 3 horas, ininterruptas! Mas conforme prevíamos a estrada estava vazia e conseguimos andar os Km previstos para esta etapa em 9 horas.

Com relação à estrada, existe um ponto muito ruim que é entre o Trevão e o Prata em Minas Gerais; são muitos buracos e saliências na pista, fora estes trechos, o restante da estrada está em bom estado felizmente.

As saliências da pista provocou um defeito na aceleração da moto do Wolf. Imaginamos inicialmente que era um problema no cabo do acelerador. Por isso chegamos a colocar a moto dele no reboque, mas logo descobrimos que foi a manopla do acelerador que havia se descolado. O problema então foi facilmente resolvido e a moto não chegou a ser rebocada, tendo rodado todo o percurso junto com os outros motocilistas.

Mas foi uma curtição!! dê uma olhada na foto!! :)







Agora aproveitamos para deixar 2 dicas para os amigos que estão se preparando para fazer uma Moto Jornada como a nossa:

A primeira é com relação às luvas. Existem fabricantes que vendem modelos ditos impermeáveis. Não acredite! Todos nós ficamos com as mãos molhadas e estávamos usando modelos caros e de boas marcas. Para este caso, a dica é a seguinte: use luvas cirúrgicas abaixo de suas luvas de couro. Estas luvas deixarão suas mãos secas. O conforto aí é bem maior. Fica aqui nosso agradecimento ao companheiro Pedro Albino, que trouxe as luvas para todos nós.

A outra dica é a seguinte: Estamos utilizando um intercomunicador para conversar entre 2 motociclistas. Este equipamento chamado Multiset Q2.
Este dispositivo é fantástico pois permite que além da comunicação entre motos, o usuário antenda o celular via blue tooth e também ouça à MP3 enquanto pilota.
Como estamos viajando com 6 motos, o primeiro e o último usam o dispositivo, facilitando assim o deslocamento em conjunto.

abraços a todos, e amanhã atualizaremos o blog.

Acompanhe!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SEGURANÇA NA PILOTAGEM - Mitos e Fatos



Mito número 1: "Evite usar os freios dianteiros, por que você será lançado por sobre o guidão"

Fato: Na realidade, o freio dianteiro é responsável por 60 a 70% da capacidade de frenagem de uma motocicleta. Numa freagem de emergência, o centro de gravidade da motocicleta se desloca para frente, criando um maior valor de aderência do pneu dianteiro, evitando que este pneu trave e perca sua capacidade de frenagem (a não ser que o freio tenha sido aplicado de forma exagerada). Outra consequência desse deslocamento é a redução na aderência do pneu traseiro. Com a ação de frenagem na roda dianteira, o pneu traseiro, mesmo que travado, não moverá a motocicleta lateralmente, permitindo-a que continue em linha reta.

Mito número 2: "Acelere na curva, para recuperar o controle"

Fato: A maneira mais segura de se fazer uma curva é diminuir a velocidade antes de iniciá-la. A aceleração deve ser retomada já no final da curva. Aplicando o acelerador durante a curva, quando a motocicleta está inclinada, pode resultar em perda de tração no pneu traseiro e consequente derrapagem. O mesmo efeito ocorre se o freio traseiro for aplicado excessivamente numa curva.
(Matéria postada no blog do Wilson Roque)
Mito número 3: " Acelere, se a motocicleta começar a 'balançar'"

Fato: Na realidade, o piloto deve reduzir gentilmente a aceleração, jogar o corpo para frente (para mover o centro de gravidade) e diminuir a velocidade gradualmente. Ainda que a aceleração possa, num primeiro momento, diminuir o "balanço" da motocicleta, quando ocorrer a seguinte oscilação, esta provocará uma instabilidade lateral muito mais pronunciada. Freagem brusca também alterará as características da suspensão e provocará perda de controle da motocicleta.

Atitude
Seus pensamentos e opiniões são guiados por sua capacidade analítica. Desenvolver a atitude correta é tanto fundamental como crucial numa pilotagem segura.

Fonte: Motorcycle Safety Foundation

sábado, 5 de dezembro de 2009

SAÍDA PELA DIREITA




Nos dois vídeos acima vemos o mesmo erro, no mesmo local. Impacientes com o trânsito pesado os motociclistas preferem a famosa "saída pela direita" (só os mais velhos vão lembrar do Leão da Montanha), já que a pista é estreita e a ultrapassagem pela esquerda lhes parecia mais arriscada. O espaço de acostamento à direita é uma tentação incrível para qualquer veículo, e irresistível para o motociclista.
No primeiro caso parece que o mau estado de conservação do acostamento foi a armadilha que pegou o motociclista; parece que é um monte de areia que faz o papel de remendo do asfalto. Não entendi muito bem pela imagem.
Já no segundo caso, a imprudência foi aumentada pela desatenção. Reparem que pouco antes do acidente um carro já havia cortado a pista para entrar a esquerda, cruzando a frente do motociclista. Bastava um pouquinho de observação e cuidado para evitar ser pego pelo próximo a fazer a mesma manobra.
Pelo jeito, saída pela direita só da certo em desenho animado....e dos antigos.
Mais um detalhe: se você der uma olhada com calma no Youtube encontrará mais alguns vídeos de acidente no mesmo local (em Brusque-SC).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PEREGRINOS

"Somos peregrinos e sempre teremos de aprender mais alguma coisa, em algum outro lugar. E para aqueles que ainda nao se decidiram pela partida, é bom lembrar que a vida nao é eterna, e como a chama de uma vela, fenece e se apaga, quando menos se espera. Entao, a angústia e a frustração por nao ter ousado criar a oportunidade para realizar o próprio sonho serão as únicas companheiras que estarão consigo, quando a própria vela se apagar." PHD Artur

PRAZER DE PILOTAR

" Ir é mais gostoso do que chegar, que é só uma pausa para o prazer de voltar"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PABLO NERUDA

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.